O Nada Palpitante

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segunda-feira, junho 05, 2006

Capítulo 4º - O Big Bang

Quando lemos ou ouvimos falar acerca da teoria do Big Bang, somos normalmente levados a imaginar uma grande explosão, algures no centro do Universo, a partir de um ponto de energia concentrada, o chamado ovo cósmico.
A imagem é realmente bastante fantástica e reporta-nos um evento com uma espetacularidade digna de um nascimento de um universo mas... não é verdadeira!
Afinal, a ideia de um ponto algures no universo presume a ideia de espaço. A ideia de um corpo energético presume a ideia de tempo, porque o conceito de energia como algo capaz de produzir trabalho pressupõe a potencialidade da acção a qual é forçosamente dinâmica o que só é possivel existindo um tempo.
A dita explosão tem então outro aspecto. É uma explosão que não se centra num ponto porque na verdade o que explode é o próprio espaço. É uma explosão universal porque todo o universo se concentrava ali naquele embrião espacial. Não havia nada à volta... não havia sequer esse conceito, assim como não havia antes porque se o tempo começa naquele momento não faz qualquer sentido pensar-se no antes, que é um conceito temporal.

Capítulo 3º - A singularidade

Tentemos vislumbrar então o início, ou seja, o nada inicial. Para tal peço aos eventuais leitores o impossível, ou seja tentar por de lado a percepção humana do mundo físico. Vão precisar de uma composição mental desligada de todos (ou quase) os referenciais resultantes das capacidades de apreensão e compreensão sensoriais, que constituem a nossa forma habitual e única de consciencia de nós e do que nos rodeia.
É que o nada de que falo é o nada perfeito: Sem tempo, sem espaço, sem matéria, sem informação... apenas com... nada!
Nada mais simples e singelo.
É obvio que não havendo espaço nem tempo, este nada não tinha local nem tinha horas. Não era possível saber onde nem quando. E como não existiam tais referenciais, que são a condição essencial para a existência, este nada não existiu! E, no entanto, o tudo que temos hoje surgiu dele. Mas devagar, porque manda a lógica que as coisas mais complexas resultem das coisas simples e, se estamos a pensar no início de tudo, temos que procurar a coisa mãe de todas as coisas...
Se pensarmos nos elementos universais essenciais, podemos distinguir os seguintes: Espaço, Tempo, Matéria, Energia, Informação.
Será possível reduzir tais elementos a algo ainda mais simples? Será possível reduzi-los a uma única coisa?

Capítulo 2º - O nada e o tudo matemáticos

Matematicamente, o nada é representado pelo número 0 (zero). Qualquer matemático poderá partir desse número e desenvolver uma infinidade de proposições de valor lógico positivo, compostas por elementos infinitos (o infinito representa, matematicamente,a ideia de tudo). Poderá, de igual forma desenvolver equações de elevada complexidade e encontrar a sua raiz.
A título de exemplo apresento a seguinte proposição: 0=1-(3-raiz quad. de 4). É óbvio que substituindo cada um dos elementos desta proposição por outros que lhe sejam equivalentes e mais complexos obtém-se uma proposição igualmente mais complexa.
O exemplo utilizado mostra também uma das formas mais simples de se obter o nada (o zero) - a soma de elementos opostos.

sexta-feira, junho 02, 2006

Capítulo 1º

No início era o nada. Se assim não fosse não era início.
Segundo as ideias de Lavoisier, "Nada se cria, nada se perde, tudo se transforma..." mas na verdade do nada se faz tudo porque, paradoxalmente, o nada contém o tudo, é-lhe maior...
A prova disso mesmo é este blog. No início ele nada era e por isso era potencialmente tudo o que poderíamos querer que fosse.

quinta-feira, junho 01, 2006

Inicio

E agora?...
Palpita-me que vou ter que começar do nada...